De acordo com a pesquisa publicada pela CNM, 98% das cidades brasileiras estão enfrentando problemas com a circulação ou consumo de crack e outras drogas, e até o momento poucos Municípios receberam apoio dos governos estadual e federal.
Como divulgado pelo governo federal, o Plano emergencial de enfrentamento ao crack, lançado pelo então Presidente Lula em maio de 2010, não chegou nos Municípios. Dos R$ 410 milhões previstos para ações no ano passado, foram executados pouco mais de R$ 80 milhões.
Essa é uma situação que se apresenta como mais um desafio para a gestão municipal. Um problema social que demanda ações integradas e intersetorializadas, envolvendo as três esferas de governo e os diversos segmentos públicos (segurança pública, saúde, educação, assistência social, cultura, turismo); sociais (associações de pais, de bairros, de classes profissionais, sindicatos, conselhos); e privados (empresas, indústrias, comércio em geral).
Para enfrentar o uso do crack e outras drogas nos nossos Municípios são necessárias ações de prevenção, promoção e recuperação da saúde dos usuários, assim como repressão à circulação de drogas. O envolvimento e a participação da sociedade é fundamental para a política de enfrentamento ao crack e outras drogas.
O problema não escolhe idade, cor, raça, religião ou situação econômica. Pode estar na casa de qualquer cidadão brasileiro.
Ações isoladas de iniciativa dos gestores municipais estão sendo desenvolvidas, na sua maioria com recursos próprios, o que não é suficiente para atender uma demanda crescente e considerada de âmbito nacional.
É necessária a participação da União e dos Estados e a implementação de uma política que contemple todos os Municípios brasileiros.
Vamos agir! Juntos podemos superar mais esse problema que assola a nossa sociedade.
Paulo Ziulkoski
Presidente da CNM